Como acontece e como prevenir a pré-eclâmpsia
Muitas pessoas confundem pré-eclâmpsia com a eclampsia. A eclampsia é a forma grave da pré-eclâmpsia, sendo a segunda forma a mais comum e um alerta para cuidados intensivos durante a gestação. O quadro de eclampsia é caracterizado pela ação imunológica da gestante cujo organismo reage a certas proteínas liberadas pelo feto no sangue. Esta reação agride as paredes dos vasos sanguíneos da gestante, causando o efeito de vasoconstrição e hipertensão.
O corpo da gestante reage ao feto?
Gravidez é a condição em que um ser cresce na barriga de outro ser. O feto carrega material genético diferente da mãe, uma vez que carrega 50% de genes paternos. São, portanto substâncias estranhas ao corpo da gestante. A preparação do corpo é realizada de forma natural para gerar o feto e não reagir a ele e protegê-lo.
Porém, em alguns casos, cujo motivo não está 100% definido pela ciência, o feto libera proteínas na circulação sanguínea da mão que provocam a reação.
Estima-se que esta condição esteja ligada a:
- Primeira gravidez da mulher ou primeira gravidez com outro parceiro
- Nova gestação com intervalo menos de 2 anos ou maior que 10
- Histórico de pré-eclâmpsia próprio ou familiar
- Obesidade
- Pressão alta ou doença renal
- Idade maior que 40 anos
- Gravidez gemelar
- Diabetes, doenças de coagulação, lúpus ou enxaqueca.
É pré-eclâmpsia ou eclampsia?
A pré-eclâmpsia pode ser desde assintomática até ter sinais como hipertensão arterial, inchaço (principalmente nos membros inferiores), aumento de peso fora do padrão e perda de proteína pela urina (proteinúria).
O quadro se instala majoritariamente após a 20ª semana ou 3° trimestre. Quando não tratado ou em outros casos, pode evoluir para eclâmpsia, que pode trazer sintomas mais severos e até mesmo apresentar a obrigatoriedade de adiantamento do parto, sob pena de colocar em risco a vida da mãe e do feto.
São sintomas deste quadro: dores fortes de cabeça com perturbação visual e enjoos fortes, convulsão, sangramento vaginal e até coma.
Prevenir e controlar a pré-eclampsia
As consultas e exames de pré-natal são fundamentais para garantir a saúde da gestante e do bebê. O acompanhamento criterioso por médico competente irá identificar quaisquer riscos e medidas preventivas.
Se possível, os cuidados já começam antes de engravidar, com consulta médica e possível indicação de suplementação com ácido fólico, além da identificação de fatores de risco.
Caso seja identificado qualquer sintoma ou quadro de pré-eclâmpsia a gestante deverá adotar repouso e dieta leve, com pouco sal, além de intensificar o monitoramento de sua saúde e pressão arterial. Estas recomendações devem ser passadas com mais detalhes pelo médico.
No caso de quadros mais graves, o médico poderá prescrever medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes. A doença costuma regredir naturalmente após o parto e retirada da placenta.
É importante lembrar que gestação não é doença, porém é uma fase de vida da mulher que requer cuidados especiais com exercícios físicos, alimentação e quadro de saúde em geral.
A gestante deve orientar-se com seu médico e profissionais competentes. As informações deste Portal servem apenas como instrução inicial e incentivo ao diagnóstico médico precoce de doenças.