Fevereiro Roxo: diagnóstico precoce e informação para melhorar a vida de quem tem Lúpus, Fibromialgia ou Alzheimer
A campanha Fevereiro Roxo vem chamar a atenção para três doenças cuja incidência na população é considerável e que ainda estão cercadas de muita desinformação: Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus. Estas três patologias envolvem sintomas complexos e, em geral, trazem dificuldades para a família e cuidadores dos pacientes, visto que são irreversíveis. Contudo, como qualquer doença, têm chances de serem tratadas mais facilmente quando diagnosticadas precocemente.
De modo geral, quanto mais informação de qualidade as pessoas tiverem, mais bem sucedidas serão em cuidar de sua própria saúde ou de familiares. Não é diferente com o Alzheimer, a Fibromialgia e o Lúpus, doenças de difícil controle e que impactam o bem-estar do paciente e de quem o cerca.
O tratamento para estas patologias é focado em retardar o agravamento de sintomas ou controlá-los e oferecer a melhor qualidade de vida possível ao paciente.
Vejamos os sintomas e informações úteis sobre cada uma delas.
Alzheimer, a doença do esquecimento
O chamado Mal de Alzheimer, nome dado devido ao médico que descobriu e pesquisou o quadro pela primeira vez, é um transtorno neurodegenerativo progressivo. Seu principal sintoma é a deterioração cognitiva e da memória, o que causa diversas restrições na vida dos pacientes. Na fase leve, a perda da memória pode ser pontual. Com seu agravamento, o quadro pode se tornar uma demência severa.
Quando diagnosticado em fase inicial e com tratamento medicamentoso correto, além de tratamentos complementares e estimulantes cognitivos, os sintomas podem permanecer leves, o que permitem ao paciente uma vida dentro da normalidade, adotando apenas alguns cuidados. O quadro é mais frequente em idosos e pode ter ligação com a genética, além de outros fatores ainda sendo validados pela ciência. Sabe-se que manter uma vida intelectualmente ativa e hábitos saudáveis ajuda a evitar esta doença.
Fibromialgia, a patologia da dor muscular
A Fibromialgia é a síndrome reumatológica caracterizada por dor crônica nos músculos e ossos. A doença atinge cerca de 3% da população brasileira, majoritariamente feminina, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Além da dor generalizada, também são sintomas o cansaço crônico, anomalias no sono e na memória, além de alterações de humor.
Esta doença não está diretamente relacionada a alterações orgânicas, por isso é frequentemente atribuída a quadros de ansiedade, estresse, depressão e outras questões de origem psicológica. Seu aparecimento também está ligado à artrite, artrose e outras patologias ligadas a dores articulares.
O diagnóstico precoce é importante, pois, quanto antes o paciente reagir e habituar-se a tratamentos complementares como fisioterapia e outras técnicas para redução de dor, melhor será sua qualidade de vida e menor será o avanço dos sintomas.
Lúpus, a doença autoimune
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), ou apenas lúpus, é um quadro inflamatório autoimune que quando o próprio sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo por engano. Seus sintomas ficam evidentes na pele, mas atingem também as articulações e, de forma mais grave, os rins e o cérebro. Por isso, é considerada mortal se não houver tratamento adequado.
Há dois tipos mais conhecidos: lúpus cutâneo, menos grave, que aparece apenas com na pele, com manchas avermelhadas ou eritematosas (texturizadas), principalmente nas partes expostas à luz solar como rosto, pescoço e braços; e lúpus sistêmico, que acomete órgãos internos. A segunda forma é bem mais grave, por ser silenciosa e por atacar órgãos vitais.
Os sintomas podem ocorrer desde as lesões e manchas na pele, passando por dores, inchaço, inflamações, alterações sanguíneas, vermelhidão ocular, febre e fraqueza. O conjunto de sintomas está ligado ao tipo de lúpus e seu grau de gravidade. As alterações mais graves estão relacionadas aos órgãos vitais (pulmões, coração, rins, fígado etc.) e, principalmente, ao cérebro, quando em fase mais grave, pode levar o paciente a alterações comportamentais e dores.
O diagnóstico é feito após análise de um conjunto de exames e o tratamento é totalmente personalizado, pois o quadro varia muito de pessoa para pessoa. De modo geral, quanto antes for diagnosticado, mais eficaz o tratamento e melhor será a qualidade de vida do paciente.
As informações aqui prestadas têm base em dados do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Reumatologia e Associação Brasileira de Alzheimer. Esclarecemos que a informação de qualidade pode ajudar o paciente a cuidar de sua saúde, mas nada substitui a consulta e diagnóstico médico e de outros profissionais competentes.
Mantenha a rotina de acompanhamento médico, hábitos saudáveis e informe-se em fontes confiáveis.