Dia Mundial e Nacional da Osteoporose: Momento de se informar e prevenir

Dia Mundial e Nacional da Osteoporose: Momento de se informar e prevenir

O dia 20 de outubro é marcado pela conscientização da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da osteoporose. A campanha tem como objetivo informar a sociedade em geral sobre a doença, seus impactos e as alternativas para que os pacientes tenham a melhor qualidade de vida possível.

O nome osteoporose é a junção de “osteo”, que vem de osso, com “porose”, que significa porosidade. Trata-se, portanto, da porosidade do osso ou a fraqueza causada por perda de massa óssea e muscular. A doença pode apresentar quadros leves, que necessitam de acompanhamento e tratamento brando, ou graus mais avançados, que provocam impactos sérios como incapacidade de realizar tarefas cotidianas e dores.

A doença, silenciosa no início, é um ponto de atenção no Brasil, pois atinge mais de 15 milhões de pessoas, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com uma população em envelhecimento crescente, não apenas neste país, mas também no mundo, é necessário estar alerta. Afinal, a osteoporose, se não for bem acompanhada e diagnosticada precocemente, causa problemas para a pessoa idosa e seus familiares.

Tipos de osteoporose

A osteoporose afeta, principalmente, pessoas mais velhas, acima dos 70 anos. No caso das mulheres, o quadro pode despontar mais cedo, devido às mudanças hormonais. Os principais tipos da doença são: pós–menopausa, senil (acima de 70 anos) e secundária, que teria origem em outras doenças ou como efeito colateral de tratamentos.

Pontos de atenção em relação à osteoporose

O maior cuidado que se deve ter com alguém diagnosticado com osteoporose é em relação às fraturas. Estima-se que uma fratura aumenta em até cinco vezes o risco de uma nova fratura (dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Reumatologia). As partes do corpo mais comuns de sofrerem fraturas são o fêmur, antebraço e a coluna.

Para diagnosticar precocemente e prevenir os quadros de osteoporose, recomenda-se realizar a densitometria óssea, principalmente caso a pessoa apresente fatores de risco ou idade acima de 50 anos. Os principais fatores de risco para o aparecimento da doença são: consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo, menopausa (mulheres), baixos níveis de cálcio ou vitamina D, que por sua vez pode ser causada por baixa exposição ao sol.

Os hábitos preventivos passam pela compensação dos fatores de risco e fortalecimento muscular. Portanto, anote a lista para a prevenção desta e outras doenças crônicas:

• Alimentação equilibrada com boa ingestão de cálcio pelo consumo de leite e derivados e folhas verde escuras;
• Exposição ao sol em horários adequados para estimular a produção de vitamina D. Em caso de baixos níveis desta vitamina, avaliar com médico a necessidade de suplementação;
• Evitar consumo de álcool, sal e industrializados em excesso;
• Parar de fumar;
• Praticar atividades físicas de fortalecimento muscular e melhora de coordenação motora/ equilíbrio. Manter-se ativo é a melhor prevenção para diversos tipos de problemas senis.

Já no caso de pessoas mais velhas, com ossaturas mais enfraquecidas ou até mesmo já com quadro de osteoporose, é necessária avaliação das atividades cotidianas e dos ambientes a fim de mitigar riscos de queda e, consequentemente, fraturas. Algumas dicas são:

  • Evitar uso de escadas, bancos e outros apoios para “subir”. Por exemplo escadinhas de cozinha ou subir em bancos para limpar armários;
  • Retirar tapetes (podem enrolar e provocar quedas);
  • Instalar barras de apoio no banheiro.

A vitamina D, o cálcio e a osteoporose

O equilíbrio da vitamina D e do cálcio no organismo é fundamental para a prevenção da osteoporose ou para o não agravamento de quadros já diagnosticados. Por isso, o consumo de alimentos como ovo, salmão, atum e bacalhau, ricos em vitamina D, são essenciais. Lembrando que a liberação desta vitamina pelo organismo é estimulada pela exposição ao sol.

Em relação ao cálcio, a recomendação é ingerir 1200mg por dia, segundo a OMS, principalmente a partir dos 50 anos. Porém, não basta ingerir. É necessário promover a absorção do cálcio. Para isso, a vitamina C é importante. A dica é consumir laranja, limão ou morango próximo ao consumo de cálcio.

Outros nutrientes importantes para a formação óssea são a vitamina K, encontrada em folhas verde escuras e na lentilha. E o magnésio, que pode ser ingerido com as oleaginosas (amêndoas, castanhas e nozes) e beterraba.

Barbara Valsezia